Derrida e o pancadão tropical
Veja só que coisa divertida!
Então você está no seu quarto, doentão e de cama, com a janela do quarto aberta para uma noite de calor e brisa do mar, e ouvindo do prédio ao lado um "pot-pourri" de música eletrônica tropical a abafar sua leitura interesantÃÃÃssima de Jacques Derrida; você não sabe se está no Programa do Gugu (olhaaaaaaaa!!!) ou se naquele fim-de-semana em Porto de Galinhas, do lado de fora de sua boate mais badalada (e cara, por isso que você está do lado de fora...), completamente encharcado de cerveja e dançando de bermuda e camiseta amarrada na cabeça ao som do pancadão dos trópicos, parecendo um filho feliz de papai rico ei-olhe-pra-mim-meu-sobrenome-é-Bivar/Arraes/Vasconcelos/Brennand com minha Ferrari parada ali do lado de tanque cheio e uma garrafa de álcool pra queimar o primeiro Ãndio que parecer mendigo na rua...
Melhor levantar, fechar as janelas, botar um gélido e nórdico-deprê Sigur Rós no último volume do som e voltar a ler meu amigo Derrida; preciso reconstruir urgentemente uma máscara pseudo-intelectual com tons pós-góticos depressivos, para expulsar o mais rápido possÃvel as lembranças micadas de casa na praia...
Ai meu Deus, eu acho que vou vomitar!
Então você está no seu quarto, doentão e de cama, com a janela do quarto aberta para uma noite de calor e brisa do mar, e ouvindo do prédio ao lado um "pot-pourri" de música eletrônica tropical a abafar sua leitura interesantÃÃÃssima de Jacques Derrida; você não sabe se está no Programa do Gugu (olhaaaaaaaa!!!) ou se naquele fim-de-semana em Porto de Galinhas, do lado de fora de sua boate mais badalada (e cara, por isso que você está do lado de fora...), completamente encharcado de cerveja e dançando de bermuda e camiseta amarrada na cabeça ao som do pancadão dos trópicos, parecendo um filho feliz de papai rico ei-olhe-pra-mim-meu-sobrenome-é-Bivar/Arraes/Vasconcelos/Brennand com minha Ferrari parada ali do lado de tanque cheio e uma garrafa de álcool pra queimar o primeiro Ãndio que parecer mendigo na rua...
Melhor levantar, fechar as janelas, botar um gélido e nórdico-deprê Sigur Rós no último volume do som e voltar a ler meu amigo Derrida; preciso reconstruir urgentemente uma máscara pseudo-intelectual com tons pós-góticos depressivos, para expulsar o mais rápido possÃvel as lembranças micadas de casa na praia...
Ai meu Deus, eu acho que vou vomitar!